sexta-feira, 16 de maio de 2008

Aleivosia de Cássio e Bruto

O poder era forte e povo vociferava alegrias que me constrangiam. A minha majestade era agora plena e plana... Plena de alegria e plana de estabilidade. Pax Imperialis estabelecida, pouco me restava a fazer. Era feliz e vivia dos rendimentos do estado, pai da nação.

Ontem porém, a traição aleivosa aconteceu. Absorto na minha plenitude e planitude não entendi os sinais, tal qual César. Que nem mesmo quando Calpúnia lhe terá contado o infame pesadelo que tivera tomou algum tipo de atitude. Cássio e Bruto, que o bajulavam como cães, apunhalaram césar áspera e rudemente no senado.


Laureava eu minha pevide e minha capa por entre alguns plebeu, quando senti uma mão tocar-me no ombro... No momento em que me voltei Blogue, levei com um salmão em minha real tromba. Era a peixeira! Atordoado tentei responder, mas nesse instante e também à traição, o padeiro acerta-me com um grande naco de broa de avintes na nuca. Quase perdi os sentidos... Já não tinha a coroa, tinha caído. Levanto-me e vejo que me rodeiam. Estou cercado. Não consigo ver caras! Vejo olhos coléricos. Distingo a peixeira, que continua com um salmão enorme na mão agarrando-o pela cauda e espeta-me mais uma valente traulitada. Uma valente chapada de salmão mais...

Temi pela minha vida, mas consegui fugir. Já quase no exílio... Levo com meio leitão nas costas.


Doía-me mais a alma que as costas todavia. Porque estariam a atraiçoar-me?

Passo por cima de uma caixa e consigo escapar para o exílio. Na rua o povo estrangeiro aponta, ri-se e oiço alguém dizer: Não vai nu mas finalmente alguém lhe tirou aquele sorriso parvo da boca.

Inconsolado, dias a fio fiquei.

Eu tinha sido atraiçoado tal qual César. Vivi dias e dias no exílio sem apoio, sem palmadinhas nas costas. Entreguei-me ao vinho...